sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Empresário cearense financia pesquisas para cura do câncer

Substância pode virar primeiro medicamento brasileiro para tratamento

Quando a curiosidade motiva a ciência. Esse foi o caso do empresário cearense Everardo Ferreira Telles. Observando a melhora de um parente após tomar a famosa ‘garrafada’, Telles resolveu investir em pesquisas. Encontrada com alguma facilidade no ceará, a planta avelós, uma das matérias-primas da garrafada, poderá se tornar o primeiro medicamento feito, totalmente no Brasil, para a cura do câncer. Aprovado pelo Ministério da Saúde para testes, o remédio já tem feito efeito em alguns pacientes no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A esperança de cura poderá vir de uma planta considerada venenosa no sertão. Se a confirmação ainda não é certa, os investimentos feitos pelo empresário parecem mostrar um futuro promissor.


Discreta em meios a outras espécies, a planta, conhecida também como ‘esqueleto’, age supostamente inibindo enzimas relacionadas à multiplicação dos tumores e tem potencial antiinflamatório e analgésico. Por ter um alto teor de toxicidade, inúmeros testes fracassaram. Há cinco anos financiando os estudos, o empresário parece feliz com o avanço das pesquisas. Em primeira etapa de análise, 20 voluntários estão tomando doses do medicamento a fim de encontrar um equilíbrio entre a cura e a intoxicação.
A frente das pesquisas, o proprietário de uma empresa de consultoria farmacêutica Luiz Francisco Pianowski coordenou os estudos junto a laboratórios e uma universidade do Brasil e do exterior, além do Einstein. Segundo o farmacêutico, a identificação de uma espécie da planta com menor poder tóxico, auxiliou nos avanços dos estudos.

» A cura pelo avelós. A esperança de tratamento contagia a todos. Em Bom Jardim, Pernambuco, um grupo uniu fé e conhecimento popular para enfrentar a doença. Membros do Centro Espírita Herculano Pire se utilizam do avelós há 38 anos. Segundo o coordenador do Centro Francisco Barbosa, a planta, típica do sertão, tem efeito sobre vários tipos de câncer: próstata, uretra, bexiga, útero, intestino, esôfago, cordas vocais, leucemia, mama, pele e pulmão, entre outros. “É um poderoso analgésico, cicatrizante e anti-hemorrágico. Com o seu uso, no mínimo, ele estaciona a doença, e elimina as dores, nos casos irreversíveis. A descoberta do avelós aconteceu em 1980, em uma sessão espírita, quando o espírito de um médico que teria vivido em Portugal, no século passado, revelou os poderes terapêuticos da planta”, afirmou o coordenador. Ele disse ainda que sua avó, Dona Chiquinha, tratava o câncer com a planta. “A sabedoria popular ensinou a população a se cuidar”, ressaltou.


Distribuída após diluição, a substância retirada dos avelós é entregue aos que precisam. “Nós fazemos um concentrado, misturamos com água e damos aos nossos amigos”, disse o coordenador. Segundo Francisco Barbosa, todos os dias o Centro recebe inúmeros depoimentos de regressão ou cura da doença. Entre tantos, o de Terezinha de Jesus, moradora de Santo Ângelo (RS) mostra a esperança de cura: “Eu tomei o Avelós por dois anos. Como fui curada aí parei de tomar. Falar em “Avelós” é uma coisa que me deixa emocionada, pois ele, amparado pelas mãos de Deus e Jesus foi um dos aliados na minha cura. Em junho de 2001 foi diagnosticado câncer de mama, e eu comecei a tomar 4 dias antes de fazer a 1ª quimioterapia. Eu tinha na mama um tumor bem grande; quando fui fazer o segundo exame o médico admirou-se que 70% do tumor havia desaparecido. Eu declaro a todos que o Avelós é um santo remédio”, declarou.

http://www.oestadoce.com.br/?acao=noticias&subacao=ler_noticia&cadernoID=22&noticiaID=8570

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