segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Brasileiros testam fitoterápico contra o câncer

Um grupo de pesquisadores encontrou em uma planta brasileira, típica do norte e do nordeste do País, propriedades medicinais que podem auxiliar no tratamento do câncer.

Após quatro anos de análise em laboratório, o estudo avança para a fase de testes em mulheres portadoras de câncer de mama em estágio avançado (metástase).

A história começou em 2003, quando o farmacêutico Luiz Pianowski, coordenador do projeto, foi apresentado por um amigo a uma “garrafada”, bebida feita da mistura de água com a planta Aveloz. O composto, na época, estava ganhando popularidade no nordeste, principalmente entre pessoas diagnosticadas com algum tipo de câncer.“A bebida amenizava a dor e provocava uma melhora visível no quadro da doença”, lembra Pianowski.

Desde então, o farmacêutico decidiu isolar as células da planta e estudar suas propriedades medicinais. Em 2006, o coordenador começou a desenvolver os estudos com o Aveloz, isolando seu o suco (látex). A substância foi sintetizada no Brasil a partir da planta e ganhou o nome de AM 10.

Logo nos primeiros testes, o médico explica que, além de um efeito antiinflamatório, foram descobertas duas propriedades que poderiam ser úteis no tratamento de doenças como o câncer.“Percebemos que o AM 10 tem uma ação citotóxica (ele mata as células) e outra apoptótica – que incentiva o suicídio delas. Mas observamos também uma ação seletiva da substância, focada em células modificadas (cancerígenas), ou seja, ela mata mais células tumorais do que células vivas”, complementa o pesquisador.

Câncer de mama será o primeiro

Para que um medicamento seja considerado fitoterápico é necessário que tenha sido feito a partir de duas ou mais células da planta estudada. Segundo coordenador, muitos medicamentos são oriundos de ervas medicinais, a diferença está no número de moléculas que foram isoladas. “Um medicamento convencional tem apenas uma molécula isolada. O fitoterápico tem no mínimo duas, como é o caso do Aveloz."

A grande vantagem deste fitoterápico, porém, está no número reduzido dos efeitos colaterais que ele pode provocar. Segundo o oncologista Hélio Pinczowski, diretor do Centro de Hematologia e Oncologia da Faculdade de medicina do ABC, e um dos médicos responsáveis pela pesquisa, os efeitos colaterais são muito menores se comparados à medicação convencional. “Essa é a grande vantagem e o nosso possível trunfo. Ter uma medicação oral, que melhore qualidade de vida do paciente e evite que o tumor avance, é fantástico.”

Passada a fase de testes em laboratório, iniciam agora os testes em humanos. Na primeira etapa, apenas 40 pacientes participarão. Depois, 160 serão recrutadas. Inicialmente, os testes serão feitos com portadoras do câncer de mama em estágio avançado (metástase). Pela Lei, esse tipo estudo só pode ser realizado em pacientes que já tenham enfrentado, sem sucesso, outros tipos de tratamento.

“É um estágio da doença mais difícil de ter resultados. Mas já sabemos que existe atividade anti-tumoral nesse fitoterápico, não estamos propondo um teste cego. Precisamos validar, assegurar que essa propriedade também será sentida nos humanos. Os exames em animais sinalizam as funções dos medicamentos, mas não garantem que ele terá a mesma atividade no homem”, explica o oncologista.

A escolha do câncer de mama, porém, não limita o alcance esperado do medicamento. Segundo o farmacêutico, nos testes clínicos, a substância teve uma atuação eficaz para o câncer de fígado, pulmão, mama e intestino. “Vimos que seria mais fácil recrutar pacientes com câncer de mama por conta a incidência da doença no Brasil, mas o composto teve um resultado positivo em outros focos.”

Sem data para venda

O tratamento das voluntárias será gratuito e terá a duração aproximada de seis meses. Ele substitui as terapias convencionais, como a quimioterapia, pelo medicamento fitoterápico AM 10. No programa, cada paciente receberá um comprimido 3 vezes ao dia (de oito em oito horas). “Essa dosagem permitirá verificar a atividade terapêutica da droga, avaliar a possibilidade de controle da doença e o perfil de toxicidade (efeitos colaterais).” explica o médico.

Essas 40 mulheres passarão por um acompanhamento semanal, que inclui exames laboratoriais, clínicos e tomografias para que a equipe médica possa analisar se os sintomas foram reduzidos, se o tumor aumentou, diminuiu ou ficou estável. “Conseguir que um medicamento simples, que não provoque tantos efeitos colaterais como a quimioterapia, estacione o tamanho do tumor, será excelente”.

Qualquer mulher portadora da doença pode se cadastrar em umas das intuições participantes. O recrutamento está sendo feito pela Faculdade de Medicina do ABC, Hospital Albert Einstein, Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho, Hospital Sírio Libanês e Centro Paulista de Oncologia. A expectativa de Pianowski é que a etapa de seleção termine em maio e que até julho, os resultados já possam mostrar com segurança a eficácia da planta. Até agora, apenas cinco pacientes foram cadastradas.

Para que o resultado seja positivo, o médico explica que o medicamento deve ter o efeito esperado em 30% dos pacientes. Após a fase de testes e aprovação do medicamento pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a idéia é comercializar o produto em farmácias nacionais. Pianowski revela que já existem três empresas interessadas em fabricar o medicamento. Ele acredita que até o final de 2011 o AM 10 esteja nas prateleiras das farmácias do Brasil. Apesar do otimismo do farmacêutico, o oncologista assegura que apenas em 2011 a pesquisa terá resultados pontuais para aprovação do medicamento.

“Vender é um projeto ainda sem data. Levaremos tempo para ter garantias que o fitoterápico tem resultado.”

http://delas.ig.com.br/saudedamulher/brasileiros-testam-fitoterapico-contra-o-cancer/n1237578710140.html

Primeiro fitoterápico brasileiro para tratamento de câncer de mama está em fase avançada de pesquisa

O primeiro fitoterápico brasileiro desenvolvido para o tratamento do câncer de mama inicia uma nova fase de pesquisa clínica. Os estudos visam a atender a todos os pré-requisitos para o registro e a aprovação final do medicamento pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os estudos clínicos serão realizados com pacientes do sexo feminino, com diagnóstico de câncer de mama metastático, ou seja, que já tenham a doença espalhada para outra parte do corpo. Nesta fase, o tratamento substitui as terapias convencionais, como a quimioterapia, pelo novo medicamento fitoterápico batizado de AM 10. No programa, cada paciente receberá um comprimido 3 vezes ao dia, o que permitirá verificar a atividade terapêutica da droga, avaliar a possibilidade de controle da doença, o perfil de toxicidade e a ocorrência de efeitos colaterais.

“Isolamos uma parte das substâncias do Aveloz (planta medicinal) e concluímos a fase pré-clínica com os testes em células e animais. Com os resultados positivos, vamos agora ministrar o princípio ativo para pacientes e verificar a eficácia do medicamento”, explica o coordenador da pesquisa, Luiz Pianowski. “Descobrimos que o AM 10 tem uma ação citotóxica, ou seja, que mata as células, e outra apoptótica, que incentiva o suicídio delas. Mas observamos também uma ação seletiva da substância, focada em células modificadas (cancerígenas), ou seja, ela mata mais células tumorais do que células vivas”, complementa.

Esta ação seletiva representa um grande benefício para o tratamento de pacientes com câncer e uma vantagem do fitomedicamento em relação às terapias tradicionais. Em quimioterapias, as substâncias administradas matam as células cancerígenas, mas também as sadias.

Os institutos parceiros já estão convocando os pacientes interessados em participar da pesquisa clínica. O tratamento gratuito e com duração aproximada de seis meses será realizado nos seguintes institutos: Faculdade de Medicina do ABC, Hospital Albert Einstein, Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho, Hospital Sírio Libanês e Centro Paulista de Oncologia. A pesquisa é coordenada pela Pianowski & Pianowski, empresa de Pesquisa e Desenvolvimento Farmacêutico, pela PHC - Pharma Consulting, consultoria especializada em indústria farmacêutica, e pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

O primeiro medicamento oncológico nacional
O Aveloz (Euphorbia tirucalli, nome científico) é uma planta de origem africana encontrado no Brasil nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste. A sabedoria popular passou a utilizar as propriedades medicinais do Aveloz no tratamento de doenças.

A partir de 2006, o laboratório Amazônia Fitomedicamentos, em parceria com os institutos referenciados, passou a desenvolver os estudos com o Aveloz, isolando o suco (látex) retirado da planta e controlando sua toxicidade. A substância foi sintetizada no Brasil a partir da planta e ganhou o nome de AM 10. Na fase pré-clínica, foi confirmada a existência de propriedades eficazes no combate de tumores cancerosos em células e animais.

Pianowski explica que, na primeira fase, o trabalho teve o objetivo de identificar e comprovar o nível de toxicidade da substância e como ela realmente age no organismo humano. A pesquisa também revelou que o Aveloz tem uma capacidade anti-inflamatória e analgésica que está diretamente relacionada à inibição do crescimento das células tumorais.

A conclusão dos estudos sobre a ação do princípio ativo em células tumorais no organismo humano dependerá ainda de uma terceira fase, em que o medicamento terá que comprovar sua eficácia em um grande número de pacientes. A partir de então, o estudo apontará para a descoberta de uma nova opção terapêutica para o tratamento do câncer e uma grande esperança no combate à doença. “Se a eficácia do AM 10 for comprovada nos próximos estudos, ele poderá se transformar no primeiro medicamento oncológico nacional, desenvolvido a partir de uma erva amazônica, levando qualidade de vida para pacientes que sofrem com a doença”, finaliza Pianowski.

Fonte: Assessoria Imprensa/Amazônia Fitomedicamentos

http://www.crf-rj.org.br/crf/noticia/2010/4/primeiro_fitoter%C3%A1pico_brasileiro_para_tratamento_de_c%C3%A2ncer_de_mama_est%C3%A1_em_fase_avan%C3%A7ada_de_pesquisa.htm

Avelós - Luiz Pianowski

Avelós - Luiz Pianowski - Record News 1/4



Avelós - Luiz Pianowski - Record News 2/4



Avelós - Luiz Pianowski - Record News 3/4



Avelós - Luiz Pianowski - Record News 4/4



Avelós: um aliado contra o câncer

Da sabedoria popular para os laboratórios. Essa é a trajetória do avelós (Euphorbia tirucalli) – uma planta de origem africana encontrada no norte e no nordeste do Brasil que produz uma seiva semelhante ao látex.

O avelós está sendo pesquisado no IIEP e pode tornar-se princípio ativo do primeiro medicamento nacional para o tratamento de câncer. Tradicional ingrediente de chás medicinais e garrafadas (tipo de bebida feita a partir de ervas supostamente medicinais, de acordo com o conhecimento popular), atribui-se à planta características antitumorais. Entretanto, ainda não há comprovações científicas.

O avelós aguçou a curiosidade de um empresário nordestino, que viu melhora de um familiar com câncer depois do tratamento com a planta. Há cinco anos, ele decidiu investir em pesquisas. Na fase pré-clínica – que inclui testes em células em cultura e em animais –, foram demonstrados resultados positivos em diversos tipos de tumores sólidos.

A pesquisa passou então para a primeira fase clínica no IIEP, com duração de cerca de seis meses em seis pacientes. "O intuito dessa fase, que já está finalizada, era descobrir a dose máxima tolerada. Do látex da planta foi isolada a substância ativa, que virou uma pílula", explica o dr. Auro Del Giglio, oncologista do Einstein e um dos coordenadores da pesquisa. Esses estudos são realizados por meio de parceria entre o IIEP e a PHC Pharma Consulting – empresa de consultoria e assessoria científica, especializada no segmento industrial farmacêutico.

A próxima fase – cujo objetivo é testar a atividade do princípio ativo nas células tumorais – foi iniciada. O que se sabe é que o avelós age inibindo enzimas relacionadas à multiplicação dos tumores, além de ter potencial anti-inflamatório e analgésico. "Ainda não temos previsão sobre resultados. Pesquisas desse tipo geram muitas expectativas, mas antes de tudo é preciso comprovar a eficácia da planta", completa o dr. Del Giglio.

Não tome nenhum medicamento, chá ou qualquer outra composição, mesmo que de plantas como o avelós ou produtos naturais, sem a recomendação de seu médico. Qualquer conduta sem a orientação do seu médico pode comprometer seu tratamento e trazer danos à sua saúde.

http://www.einstein.br/espaco-saude/tecnologia-e-inovacao/Paginas/avelos-um-aliado-contra-o-cancer.aspx